quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O Inverno do Patriarca


   Confesso que o título desta postagem é inspirada numa obra consagrada do mestre Gabriel Garcia Márquez: "O Outono do Patriarca". Mas,  como a personagem é Luiz Felipe Scolari, tive que mudar a estação do ano.
   Neste inverno, o que era um treinador pentacampeão mundial, consagrado na Europa pelo seu trabalho em Portugal, percebeu que se deixou levar pela vaidade ao imaginar que poderia voltar à Seleção Brasileira e conquistar o tão sonhado título em casa. Como o ditador de Gabo, ficou preso à sua vaidade, e foi "surpreendido" por uma Alemanha que se preparou nos últimos doze anos para aquele momento. Voltou a entrar para a história. Com a maior derrota do Brasil em todos os tempos.
   O Deus transformou-se em demônio.
   Para exorcizar esse fantasma, voltou ás origens. Ao clube que o consagrou e que a admiração e respeito seguem ilibados.  Um Grêmio que vive um inverno ainda mais tenebroso: treze anos sem títulos nacionais e internacionais.
   Nos primeiros choques com a realidade, o pensamento mágico quebrou-se. E tornou-se claro que esteve inverno pode ser mais longo do que esperavam. É onde entra a sabedoria do tempo e o fervor do trabalho. E a arte de reconstruir os mitos.  Ou quebrá-los.

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