segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

A Crença (poema)





Eu acredito
na ironia do destino,
nas pedras do caminho
e na paisagem da janela.
Acredito
na aquarela
pintada em quatro mãos,
nas cores de um coração
impressas no outro.
Acredito
na vontade celestial,
no desejo carnal
e no karma espiritual
que atrai o que somos.
Acredito
no abandono
que desperta o sono
e transcende
a compreensão.
Acredito
nas mãos dadas pela rua,
a cabeça no ombro,
a pele nua
e no renascer
dos escombros.
Acredito
no mexer nos cabelos,
ficar de joelhos,
no abraço infinito
e como tudo
se torna mais bonito
na forma simples.
Acredito
na cumplicidade,
nas mãos dadas
na melhor idade,
Acredito
no sorriso sincero,
nos planos futuros,
nos íntimos segredos,
no corpo colado
e no despertar ao lado
de quem se admira.
Acredito
na sincronia,
na sintonia
dos pensamentos,
no embalo dos movimentos
e na sinfonia
de um olhar.
Acredito
que tudo tem seu tempo,
seu momento,
o plantar e colher,
morrer e renascer,
se entregar,
se perder
e mesmo assim,
se encontrar.
Acredito
no amor.
Na necessidade de amar
e de compreender
que não existe o sofrer,
simplesmente  é o querer
o que não nos pertence.
E quando eu perecer
não deixarei
arrependimentos.
Apenas o amor intenso
por todos os meus dias.


By Cristian Ribas



sábado, 27 de dezembro de 2014

Meu Ano (poema) - Obrigado pelas 10 mil visualizações!!!





Vi meu ano
mudar de planos,
corrigir os enganos
e reescrever meus dias,
numa sutil fronteira
de esperança
e nostalgia.
No desenrolar da história,
percebi que a derrota
é o primeiro passo
até a glória.
Reencontrei,
desencontrei
e me encontrei,
entre espaços perdidos
e lembranças apagadas.
E na magia do destino,
a sabedoria
desprovida de sentido
me mostra que o caminho
se percorre com alegria.
Repentinamente,
o que era dormente
tornou-se um sonho vivo,
latente,
que descansava na gente
e não parecia acordar.
Mas ainda está aqui.
Insistente,
entre novas rugas
mágoas indigentes
e a mania de sorrir..
Entre a vontade infantil,
o oceano bravio
e a paz celestial.
Afinal,
o tempo que leva as horas,
nos deixa a lição,
que o amor
jamais será em vão.


By Cristian Ribas


Obrigado, amigos, por ainda em 2014, o blog atingir as 10 mil visualizações!!! Obrigado, de coração, e que venha 2015!!!





quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

A Chaga (poema)




Ainda teimo
estar em você.
Nas igrejas
e suas cruzes,
Na noite
e suas luzes.
Nas ruas
e suas atitudes.
Em cada passo,
permaneço.
Em cada olhar,
me reconheço.
Nas tuas ideias,
nos teus gestos,
na odisseia
de compreender
teu afeto.
Sigo maestro
em tua sinfonia,
pois a sintonia
não se perde
no tempo.
Se alimenta de sonhos
e se veste de desejos.
Mesmo quando o orgulho
fala mais alto
e o coração
fica calado,
não se apaga.
É apenas uma chaga
que o amor
vai cicatrizar.

By Cristian Ribas

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O Contorno (poema)




Dia após dia,
sigo com a mania
de acreditar.
No movimento das ondas,
no bailar do vento,
no flutuar das nuvens
que contornam
meus sentimentos
que se refletem
em seu olhar.
Isso,
porque em teu peito
é o meu lugar.
É no despertar
de todas as manhãs,
no adormecer
de todas as noites
e no alvorecer
de todos os sonhos
que eu quero estar.
Deixar o tempo passar
na leveza do sorriso
e no que for preciso
estar onde você
precisar.
Pois a vida
é o contorno
de todo amor
que deixaremos
pra trás.

By Cristian Ribas

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O Que Habita em Nós (poema)





Não tenha medo
do que o tempo
te reserva
e o desejo
te desperta.
Deixe o ar
te levitar
até as nuvens,
no movimento
do pensamento
e abandonar
qualquer receio
que te acorrenta.
Não há tormenta
que limite teus sonhos,
ou estrondo
que te impeça
de voar.
Ainda há
histórias pra escrever,
romances pra viver
e instantes de prazer.
Nenhuma dor
será maior
que o amor
que reside no peito.
E em cada amanhecer
sempre haverá
uma nova chance
de ser
o bem que habita
em nós.

By Cristian Ribas

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Sem Arrependimentos (poema)





Tudo tem
o tempo certo.
O deserto
virar oceano,
o destino
mudar os planos,
o insano
corrigir os enganos
e perceber
que o que nos cega
é a luz,
e jamais
a escuridão.
Deixo meu coração
aberto,
caminhando
entre escombros,
voando
entre sonhos
e mergulhando
em sua ilusão.
E no incerto,
te sinto
mais perto.
Por ser intenso,
forte,
verdadeiro.
Troco qualquer receio
por um segundo de desejo
e o que era medo
se torna eterno
por vontade.
E se não ouvirmos
a vaidade,
no avanço da idade,
não haverá lamentos.
Apenas o sentimento
que a coragem
é o que nos faz
seguir viagem
sem arrependimentos.


By Cristian Ribas

sábado, 13 de dezembro de 2014

Viajante (poema)








Deixo o antes
pra depois,
pois o agora
está fora
do meu alcance.
Me tornei viajante
em tua história,
sublimando virtudes,
ovacionando glórias,
varrendo derrotas
debaixo da velha memória.
Tudo guardado
no museu empoeirado
de meus sentimentos.
Rostos que não vejo
e espero.
Vozes que não ouço
mas sinto.
O toque que não alcanço
e arrepio.
Uma lembrança perdida
num sonho renascido,
que me faz criança
quando desperto
teu sorriso.
E navego meus sentidos
num estranho caminho
até teus lábios.
O tempo é sábio
e mostrará
que não há nada
pra levar
se só o amor ficará.
Por isso, te quero.
Se o hoje é fantasia,
o amanhã será
nostalgia,
pois não sei
se estarei
vivo em seu dia.


By Cristian Ribas

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Súbita Falta (poema)





Enquanto a chuva cai
meu coração vai
à sua procura.
De forma pura,
desenho no vidro embaçado,
você ao meu lado,
com sorriso leve
e lábios molhados.
No abraço apertado,
no corpo colado,
um paraíso guardado
em tua pele.
Um rio que segue,
no teu interior,
no calor
que aquece o corpo
e liberta a alma.
E nessa súbita falta,
encontro o melhor de mim,
dentro de ti.
Nos gestos
que demonstramos,
nos sentimentos
que plantamos
e nos olhares
que perdemos.
Pois quando a luz se apagar,
e minha mão te tocar
tudo se tornará
claro.


By Cristian Ribas

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Teu Sonho (poema)






Te encontro
em teu sonho.
Com olhar de abandono,
querendo ficar,
desejando estar
ao seu lado
até a noite acabar.
Sou teu segredo guardado,
o amor inesperado,
um príncipe encantado
disfarçado de plebeu.
Pois quis o destino
com meu jeito de menino,
que eu fosse teu.
Pra brincar em seus cabelos,
me perder em seus pelos,
ficar de joelhos
e me tornar um gigante.
Que transforma o antes
em memória
e constrói uma nova história
em teus lábios.
Me sinto um bobo sábio,
tropeçando em adjetivos,
esquecendo os advérbios,
mas em silêncio,
o sentimento
fala por nós.
Deixe o mundo lá fora,
enquanto ficamos a sós,
pois o agora
é a glória
dos dias
que ainda virão.
Então,
segure minha mão
enquanto seu coração
desperta
junto ao meu.

By Cristian Ribas.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Rendição (poema)





Não assinei rendição,
apenas deixei meu coração
me levar
pra outros caminhos.
Aprendi
a ver o destino
sem frenesi,
como bons amigos
que vagam por aí
e se reencontram
numa rua qualquer.
E volto a caminhar
sozinho
flutuando em sonhos
conduzido no abandono
do solo pelos pés.
Brinco na distância
quando o amor
se torna lembrança
e viro alegria
quando se transforma
em realidade.
Pois reside em nós,
independente da idade,
essa vontade
de sermos a outra metade
da felicidade
de alguém.
E a nossa parte
fica inteira,
derradeira
em seu processo.
Pois o amor dado
é o regresso
do melhor que somos
e que sempre
partimos.

By Cristian Ribas



quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Dias Loucos (poema)






Nesses dias loucos,
eu só quero um pouco
de sua atenção.
Te esperar
antes da noite chegar
pra saber como está.
Te ouvir falar
sobre seu dia
e te doar
a alegria
que você provoca.
Sentir a paz
que você traz
e ter paciência,
nos desafios do tempo
e suas adjacências,
Tomar um capuccino
e esquecer dos desatinos
enquanto você não surge.
Por mais alto que esteja,
vou superar os medos
de ver o mundo
nos teus olhos.
E quando a noite chegar
quero estar lá
pra te acompanhar
e segurar
sua mão.

By Cristian Ribas