terça-feira, 13 de março de 2018

Morada (poema)







Feche a porta,
jogue a chave fora
e deixe que o mundo
vá embora
encontrar
seu destino.
Sou teu menino,
abrindo o peito,
vencendo o medo
e sendo inteiro
em teu abraço.
Não é fácil
se jogar no espaço
e não ter
um traço
de tuas asas.
Mas, menina,
eu sou sua casa.
E nessa morada,
deixe a madrugada
encontrar
sua longa estrada.
Dorme comigo.
Sou teu abrigo,
teu amante,
teu amigo
no descanso
de teus encantos.

Cristian Ribas