quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Jeito Estranho (Poema)







Me perdoe
se te acordei
com meus sonhos.
É meu jeito estranho
de mostrar
que o amor
veio pra ficar.
Sei que são
dias insanos,
onde nossos planos
parecem não fazer
nenhum sentido.
Mas fica comigo,
segura minha mão,
que serei teu abrigo
nas noites de escuridão.
Te deixarei solta
ao brincar 
em tua boca
e provar contigo
a felicidade
das pequenas coisas.
E nesse sonhar
acordado,
estarei ao seu lado,
como um menino
encantado
que encontrou
o seu lugar.

Cristian Ribas

Árido (Poema)








Em minha defesa, 
tive a boa intenção
de buscar
a redenção
em teus lábios.
Seria mais sábio
não voar
como os pássaros,
não se entregar
ao máximo,
já que amar
não é
para os fracos.
Mas revelo
meus erros
como um segredo
a céu aberto
só pra te ter
mais perto.
E que flor
por amor
resistiria
ao deserto?
Me tornei
árido.
Mas não se engane,
pois sigo ávido
por teus carinhos,
por mais que
os espinhos
ainda estejam
em mim.

Cristian Ribas

Obs: Escrita ao som da nova música de Liam Gallagher, "For What It's Worth".

sábado, 21 de outubro de 2017

Libertação (Poema)






Você está sentindo?
A brisa 
que desfila
em teus cabelos,
a onda
que se choca
em teu peito
num momento
de libertação?
Sei que
seu coração
achou
que a solidão
fosse o destino,
um fino traço
de heroísmo
nos tempos
de resignação.
Mas foi uma lição
em tempos
de escuridão
pra brilhar
sua própria luz.
Então,
segure minha mão
nesse mar infinito
cada vez
mais bonito
refletido
em seus olhos.

Cristian Ribas

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Coroas de Papel (Poema)









Não encontro
a porta
do teu céu
de nuvens tortas,
tardes cinzas
e coroas de papel.
Como um réu
injustiçado
de doces pecados
sem absolvição,
planto o amor
em terras de solidão,
num coração
incapaz de brotar.
E ao esperar
pela semente,
esqueço
como a gente
chegou
até aqui
e como sorrir
era mais fácil
na tua boca.
Pois nem tudo
foi passado
com gosto amargo.
Havia doçura
na forma
mais pura
que você pode
provar.

Cristian Ribas

P.S.: Poema escrito ao som de "Paper Crown", de Liam Gallagher

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

A Sorte (Poema)







Não vou
empilhar
as palavras
em vontades
vagas
que ficam
acumuladas
em tua poeira.
Não é besteira
desejar
teu prazer
e cair na fronteira
por temer
que teus medos
sejam mais fortes
que nossa
coragem.
Teu olhar
é uma viagem
sem volta,
uma porta 
que me transporta
sem hora
pra retornar.
E nesse jogo de azar,
tive sorte
de te encontrar,
onde os sonhos
se encaixam
e os corpos falam
quando as bocas
se calam
com um beijo.

Cristian Ribas

O Servo (Poema)






Sem querer
eu pensei
em você
sem pensar
nas consequências,
sem entregar
as indecências
que clamam
teu corpo
e pedem
inocência.
Disfarço
meu olhar
que teima
te admirar 
enquanto o caos
encontra a paz
da tua voz
dizendo
pra eu ficar.
Me controlo
pra não cheirar
teu cabelo,
me atirar
de joelhos
ou te roubar
um beijo.
Suporto
o jogo de cena
com a obediência
de servo,
pois te quero
além do tempo,
além dos ritos
que lentamente
se quebram
até adormecer
em teu peito.

Cristian Ribas

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Teu Reino (Poema)







Disfarça
enquanto o horizonte
te abraça
na estrada
de nossos carinhos.
Amo o caminho
que percorro
até teu paraíso
se abrir
em meus sonhos.
Um instante raro
de abençoado
pecado
coroado
em teu gosto.
Brilho no escuro
da luz eterna
que emana
de tuas pernas,
que percorre
tuas formas
e transforma 
meus sentidos.
E no passar
das horas, 
não tenho pressa.
Sou só
um menino
preso em teus seios
e liberto
nas fronteiras 
do teu reino.

Cristian Ribas

sábado, 14 de outubro de 2017

O Abrigo (Poema)







Não tente
adivinhar
o que meu olhar
teima em procurar
no horizonte
se nem eu mesmo
sei.
Sou um trem flutuante
sobre uma ponte
de sentimentos
perdidos no ontem
e que se chocam
no infinito.
Ainda acho bonito
teu reflexo
em meu espírito,
mesmo que
pra você
isso não faça
nenhum sentido.
E meu cansaço
deixo no espaço
de um abraço
que será
meu único abrigo.

Cristian Ribas

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Uma Breve Eternidade (Livro)





   Boa Tarde!

   Tenho a felicidade de comunicar que nasceu mais um filhote literário. "Uma Breve Eternidade" é o meu quarto livro de poesias.
   A obra celebra a todos aqueles momentos e encontros que, por mais repentinos que sejam, se tornam inesquecíveis em nossa alma.
   Nesse sentido, espero que esse livro se torne eterno no coração de quem leia.


domingo, 8 de outubro de 2017

Vôo Cego (Poema)







Não é pretensão
dizer que
meu coração
é raridade.
É só
uma simples 
verdade
numa paisagem
de mentiras.
E nessa equação
de falsos olhares,
aparências
sem consequências
e interpretações
de uma noite,
sou a pureza
com indecência
que desafia
tua coragem.
Nesse mar
de miragem, 
sou a viagem
sem volta,
o vôo cego
no castelo
que abre
todas as portas
e te solta
sem medo
de despedidas.
Porque,
se você for,
saberá 
o que meu amor
foi capaz
de te dar
sem pedir nada
em troca.

Cristian Ribas

Um Novo Dia (Poema)








Fica.
Enquanto o sono
não vem
e teimo
em sonhar
contigo.
Deixa
eu admirar 
teu sorriso
enquanto os ciclos
se fecham
e meus olhos
desvendam
teu paraíso.
Permita
eu adormecer
colado em você,
saber sobre
tuas manias
e brincar
de geografia
no teu corpo.
E quando
tudo parecer
caos,
serei poesia.
Que acalma 
tua alma
e acende
teu coração
na paixão
de um novo 
dia.

Cristian Ribas

Sonhos Vivos (Poema)





Não vou voltar
ao lugar
onde nasci
porque meus sonhos
estão vivos
em ti.
E não é fácil
imaginar
o quão frágil
é caminhar
sem teu olhar
pra me acompanhar.
Me sinto inseguro
desenhando 
num muro
uma porta
para um mundo
que desconheço.
E se pareço
perdido em segredo,
abandono o medo
pelo desejo
de tocar 
teu cabelo
como o vento
que te leva
sem destino.

Cristian Ribas

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Astronauta (Poema)







Encontro 
as estrelas
ao tocar
o céu 
da tua boca.
Me sinto
astronauta
na viagem absorta
da língua solta
que flutua
em teu espaço.
Sei que fica
louca
com o que faço,
no desembaraço
dos atos
e no enlace
dos fatos.
Sou teu
por acaso,
como um traço
que se perdeu
na paisagem
e achou
a miragem
de teu abraço.
E nesse prazer
inesperado,
de noites infinitas
e sonhos acordados,
te admiro
tão bonita
ao amanhecer
ao teu lado.
 
Cristian Ribas