segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Formalidades (Poema)










Não repare
se pareço distraído
ignorando os ritos
de convivência.
Estou preso
em teus encantos
e viajando
em indecências
que te desejam
sem clemência.
Poderíamos falar
sobre o clima, o ar, 
um agradável papo de bar,
mas poderíamos pular
essas formalidades
para eu te amar
de verdade?
Pra que conversar
sobre política e educação,
teorias e religião,
se o que mais quero
são minhas mãos
te despindo,
beijos invasivos
e teu gozo infinito?
Quero tua pele nua,
passear em tuas curvas
e mergulhar
sem parar
até transbordar
o teu mar.
Quero transpirar
em teus poros,
ser tua dor
e socorro,
o paraíso trêmulo
do nosso prazer. 
E quando saciarmos,
rirmos e adormecermos,
vou te despertar
com meu olhar
enamorado,
o café servido
e o beijo 
que você havia
esperado.

Cristian Ribas

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