quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Atemporal (Poema)









Não posso 
ser ateu
ao te ver
tão bela
novamente
pela primeira vez.
Morri
ao renascer
sem perceber
que tuas pernas
sonharam
em abrir
a primavera
que te plantei.
Foi no mês que vem
que acordarei
dormindo
em tua alma
na falta
que teu fogo
apagaria.
Eu brinquei
com a ironia
de que um dia
sou teu.
Você não percebeu
que eu já estava
na hora marcada
que nunca chegava,
naquela estrada
que teu corpo pereceu
enquanto gozava.
Não estava confusa
quando sua blusa
deixará nua
o que sempre 
foi meu.
Não importa o tempo,
seu futuro
de pretérito imperfeito
que me levou
onde em você
eu já estava.
Sou atemporal,
no amor animal
que teu Deus
nos deu
por redenção.

Cristian Ribas

P.S.: Poema escrito ao som de "Foi no Mês Que Vem", de Vitor Ramil

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