sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

A Aquarela (poema)




Ainda sou capaz
de manter a paz
em tempos de tempestade.
Não que a vaidade
tenha sumido,
ou que a saudade
esteja dormindo,
mas a necessidade
de acreditar
é maior
que qualquer
lamento.
Mesmo que o momento
seja de dúvida
e a chuva
insista
na janela.
Mesmo que perdure,
a aquarela
em sua forma pura
e singela,
pintará o horizonte
com as cores
de nosso ser.
E eu, hei de aprender.
Mantendo a coerência,
apagando a inocência,
expandindo a demência
e sorrindo.
Pois a fé
ainda me mantém
de pé.
E enquanto
a tempestade não passa,
ficarei fazendo graça,
pois nunca se sabe
quem pode
se apaixonar
pelo meu sorriso.

By Cristian Ribas

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