segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O Deserto (poema)



Estranho
lembrar de você
e não sentir
nada.
Como uma madrugada
sem estrela
ou a areia
sem mar.
Como caminhar
sem horizonte
ou cruzar uma ponte
sem rio.
Entrar na água
sem se molhar
ou não se arrepiar
com o frio.
É estranho
mergulhar no vazio.
Seguir num caminho
sem paisagem
ou uma miragem
sem delírio.
Olhar no espelho
e não se conhecer
e partir
sem se despedir.
Pois,
se o amor
virou deserto,
não será por perto
que a semente
voltará a brotar.

By Cristian Ribas

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