Amo te ver solta,
desfilando nua,
deixando a roupa
espalhada
pela casa.
Amo te ver
descabelada,
com o lençol
na cara
pra cobrir o sol
que ousa
despertá-la.
Amo esse jeito
desastrada,
que fica molhada
ao limpar a pia,
que se queima
na cozinha
e que se queixa
por nada.
Amo quando
fica dengosa,
me abraça
com demora
e não me solta
de nenhuma maneira.
Amo tuas besteiras,
o mau humor
de segunda-feira,
a pressa atrapalhada
e o nervosismo
de quando
está atrasada.
Amo teu olhar
que sabe
como derrubar
minhas barreiras,
me faz invadir
tuas fronteiras
e me seduzir
de todas as maneiras.
E, ao final do dia,
amo tua companhia,
teus ritos cotidianos,
as situações vividas
e a simetria
de nossas vidas
em cada adormecer.
by Cristian Ribas
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