sábado, 13 de dezembro de 2014

Viajante (poema)








Deixo o antes
pra depois,
pois o agora
está fora
do meu alcance.
Me tornei viajante
em tua história,
sublimando virtudes,
ovacionando glórias,
varrendo derrotas
debaixo da velha memória.
Tudo guardado
no museu empoeirado
de meus sentimentos.
Rostos que não vejo
e espero.
Vozes que não ouço
mas sinto.
O toque que não alcanço
e arrepio.
Uma lembrança perdida
num sonho renascido,
que me faz criança
quando desperto
teu sorriso.
E navego meus sentidos
num estranho caminho
até teus lábios.
O tempo é sábio
e mostrará
que não há nada
pra levar
se só o amor ficará.
Por isso, te quero.
Se o hoje é fantasia,
o amanhã será
nostalgia,
pois não sei
se estarei
vivo em seu dia.


By Cristian Ribas

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