quarta-feira, 18 de outubro de 2017

O Servo (Poema)






Sem querer
eu pensei
em você
sem pensar
nas consequências,
sem entregar
as indecências
que clamam
teu corpo
e pedem
inocência.
Disfarço
meu olhar
que teima
te admirar 
enquanto o caos
encontra a paz
da tua voz
dizendo
pra eu ficar.
Me controlo
pra não cheirar
teu cabelo,
me atirar
de joelhos
ou te roubar
um beijo.
Suporto
o jogo de cena
com a obediência
de servo,
pois te quero
além do tempo,
além dos ritos
que lentamente
se quebram
até adormecer
em teu peito.

Cristian Ribas

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