quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Coroas de Papel (Poema)









Não encontro
a porta
do teu céu
de nuvens tortas,
tardes cinzas
e coroas de papel.
Como um réu
injustiçado
de doces pecados
sem absolvição,
planto o amor
em terras de solidão,
num coração
incapaz de brotar.
E ao esperar
pela semente,
esqueço
como a gente
chegou
até aqui
e como sorrir
era mais fácil
na tua boca.
Pois nem tudo
foi passado
com gosto amargo.
Havia doçura
na forma
mais pura
que você pode
provar.

Cristian Ribas

P.S.: Poema escrito ao som de "Paper Crown", de Liam Gallagher

Nenhum comentário:

Postar um comentário