domingo, 19 de novembro de 2017

O Nexo (Poema)







Reconheço
que ando hostil
enquanto
o mar bravio
ignora
minha calmaria.
Parece ironia
contar lentamente
os dias
e manter a sintonia
na companhia
da solidão.
Na pressa da multidão,
nos atos sem compaixão
ou na canção
que não tem poesia,
meu coração
sente a empatia
das pedras,
brinca entre frestas
e festeja
a própria insanidade.
Enquanto a cidade
corre em suas vaidades,
sirvo um café
sem qualquer pretensão
de ter razão
em minhas verdades.
Apenas te quero
mesmo que não haja
nenhum nexo
nos versos
que acabei
de escrever.

Cristian Ribas

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