segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

O Último Trem (poema)




Não vi
o trem partir
e você sair
sem se despedir.
Estava distraído,
no crescer do trigo,
no debulhar do milho,
deixando o brilho
cegar meus olhos
e não ver o abismo
entre nós e o egoísmo.
Perdi teu abrigo.
Teu sorriso cintilante,
tuas nuances
escritas no antes
e impressas no agora,
deixando minha alma
de fora
dessa ânfora esquecida.
Não consigo te imaginar
sem esse último olhar
da paixão adormecida.
Pois, se é pra ficar,
te deixo levar
o amor que sempre 
estará
no melhor 
de mim.

by Cristian Ribas

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