domingo, 7 de setembro de 2014

Outros Tempos (poema)





Vou deixar
seu olhar
me guiar
pela sala.
Numa suave tortura
de cometer a loucura
de não dizer tudo
o que sinto.
Um adormecer violento,
que o tempo,
guardou intenso
aqui dentro.
Ao perder o chão,
abri as asas
com a sensação
de estar submerso
num verso regresso
de quem não mais
serei.
Vento, noite, lua.
A verdade é
que a vida continua
sem a doçura
de outros tempos.
E o enredo,
com mocinhas e segredos,
me deixou a estrada
pra dividir meus anseios
e enterrar os medos
de partir
sem ter
pra quem dizer
adeus.

By Cristian Ribas

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