quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A Mulher do Moinho (poema)



Eu não vi
quem derrubou a ampulheta
e deixou as certezas
escorrerem pelo tempo.
No desenho da surpresa,
a beleza se reinventa
ao cruzar pelo caminho
com a mulher do moinho
que estava perdida
em sua inocência.
E de um Quixote vencido,
passei a ser menino
admirando o horizonte,
encarando o ontem
pra reescrever a história.
No voo dos cataventos,
na sincronia dos momentos,
onde o correr
se torna lento,
e o antigo tormento
se apaga.
O sentimento
se torna palavra
e a intensidade
não represa a vontade
de reescrever o destino.
Ainda
há muito a ser dito,
a ser grato
e a ser compreendido.
E o que fica
é que a vida
teima em ser sábia
em nossas entrelinhas.

By Cristian Ribas




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