segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A Cura (poema)




Não vou questionar
o que as horas vão levar
pra um lugar
que só nós conhecemos.
Como um velho brinquedo
que cura o veneno,
transmite a paz,
que nos traz
o que temos de melhor.
E nos faz voltar,
sem tempo ou espaço,
a um pequeno lapso
do que esquecemos.
Suor, corpo, sentimento.
Como se os ventos
apontassem à mesma direção,
levassem à imaginação
além do conhecido,
mas bem aquém do vivenciado.
O estar ao lado,
sonhar acordado,
o respiro sôfrego
de ser amado
sem jogos ou trapaças.
A queda das amarras,
as mãos que se perdem,
as peles que se fundem,
as tardes apagadas
que brilham no anoitecer.
E, nesse novo alvorecer,
simplesmente ser,
nada do que esperam,
mas tudo
o que sempre somos.

By Cristian Ribas


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