segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Infinito (Poema)





Olho para os lados,
buscando um fato,
pra te sentir mais perto.
Como a canção no aniversário,
teu nariz de palhaço,
ou o casal de idosos
que desceram o rio
por toda a vida.
Nem tudo rima
com o esquecer o passado,
achar que é uma sina
o que ficou guardado
e só nós sabemos
onde encontrar.
Levar adiante
o que ficou incerto
e ser discreto
ao vasculhar os acertos.
Vamos brincar de esquecer,
contar até três
e renascer nas lembranças,
como uma dança
que termina antes da canção,
que só nós entendemos o refrão.
E o resto, segue adiante.
Sem olhar nos olhos,
sem soltar os fogos,
se perder na pele
e se chocar no cosmos.
Mas viramos infinito,
por tudo aquilo o que sentimos
e nos despedimos
de nosso abandono.

By Cristian Ribas



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