segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Tua Represa (poema)




Não duvide
dos meus planos
de arrancar teus panos
da forma mais sublime
enquanto insiste
a me ignorar
por aparência.
Não pense
que é indecência
me ajoelhar à tua beleza
e beber na tua essência.
Quero teu orvalho,
vulgarizar teu vocabulário,
ouvir teus absurdos
quando toco o mais fundo
que você já sentiu.
Quero quebrar
tua represa
e fazer correr teu rio
a cada novo arrepio
que te provoco.
E enquanto estiver esgotada,
com o melhor dos sorrisos,
serei teu abrigo,
teu paraíso
até adormecer.


by Cristian Ribas 

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