Não sei por onde começar.
Se falo das nuvens,
das pessoas,
do lugar.
Seja o balanço do vento,
o contorno das horas,
o perdido momento.
Me sinto dentro
da felicidade
que sempre desejei.
Não que eu seja conformado
com o apartamento pequeno,
o imposto atrasado,
o sofá rasgado
e o chuveiro queimado.
Me sinto feliz
por compreender o tempo,
por abandonar a esperança
e me consolidar no mérito.
Por plantar a bondade sem pressa,
por curtir o inverno
sem pensar na primavera.
Não lamento o passado.
Não questiono o futuro.
Apenas pinto o hoje
com as cores que tenho.
E em meus traços firmes,
faço meu auto-retrato.
Sem vangloriar o belo
ou condenar o feio.
Sou eu inteiro.
Vivendo os dias
na companhia
de minha fé.
By Cristian Ribas
Obs: Poema integrante do livro "O Amante da Lua", de 2009.
Gostei muito Cristian...
ResponderExcluirAssim todos nós chegássemos a isso!
Lindo....apenas pinto o hoje com as cores que tenho....lindo, parabéns!!!!
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