quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A Casa (poema)





Vago pela casa vazia
transformando a nostalgia
em esperança.
Apago as lembranças
como um dia
que se arrasta
por teimosia.
E no silêncio,
componho
minha sinfonia.
Roupas esquecidas,
fotos sobrepostas,
a poeira que se acumula
em palavras mortas.
Enquanto
a janela se fecha,
eu abro a porta,
pela lição
do que se foi
e a intenção
do que virá.
E nessa doce melodia,
já não há
o que lamentar.
Somente agradecer.
Quem eu sou,
quem se foi
e a beleza
da certeza
do que ainda
será.

By Cristian Ribas

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