terça-feira, 14 de outubro de 2014

Odisseia (poema)




Minha alma resiste,
mesmo quando
o corpo insiste
em se entregar.
Mesmo se o divagar
das ideias
transforme em odisseia
qualquer situação
ou encha de ironia
a inquietante rotina
que nos amarra
à solidão.
A mais bela canção
é aquela
que cantamos na sala
e ecoa pela janela
transformando em aquarela
a tarde cinza.
É pegar o reto
e traçar curvas
ou reciclar o concreto
com todo o afeto
que habita nosso peito.
Por mais que desista,
não tem mais jeito:
sigo na luta
sob efeito do destino.
Pois desistir de você
é me ver
sem ter
o melhor de mim.

By Cristian Ribas

Nenhum comentário:

Postar um comentário