Entre os sete e dez anos, por doença de minha mãe e ausência de meu pai, morei com minha avó paterna, a incrível e inesquecível Dona Soely. Ela era mórmon e, um de seus hábitos, era cantar sempre dois hinos antes de dormir. Não é à toa que, de seus cinco filhos, uma se tornou professora de música (Tia Helaine) e outro cantou até seu falecimento nos baõilões da vida (meu pai, Seu Hudson).
Pois bem, como uma mórmon devota, ela possuía um hinário com todos os cantos com partitura da igreja. Porém, nas páginas centrais, haviam os hinos do Brasil, hino à Bandeira e hino da Independência. E confesso que sempre gostei da fantástica melodia do Hino à Bandeira (acreditem!!!). Então, o que eu fazia??? Dizia pra minha avó que sortearia as músicas que cantaríamos abrindo as páginas a esmo. Mas é claro que, antes de "sortear", eu deixava marcada a página do Hino à Bandeira (se não me engano, página 116 rsrsrs). Quando íamos cantar, eu fazia todo aquele suspense e, "sem querer querendo" a página aberta, para desespero de minha avó, era a do hino à Bandeira.
Na maioria das vezes, ela reclamava, não queria. Mas eu, criança com olhos pidosos (existe essa expressão??? rsrsrs), lacrimosos, olhava pra ela e dizia uma frase que derruba qualquer resistência de um fiel:
- Mas vó, foi Deus quem quis...
E acabávamos cantando o hino. Depois, pra agradá-la, cantava o hino que ela desejava. Nada mais justo. rsrsrs
Pra quem não conhece ou lembra, aí está o Hino à Bandeira:
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